A Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul (Acomasul) aguarda com ansiedade o decreto que possibilita a retomada das pequenas obras na capital. O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad, já sinalizou que a partir da próxima segunda-feira, (30), serão retomadas obras que tenham até 20 funcionários.
“Nós entendemos a necessidade de isolamento conforme preconizam as autoridades em saúde em relação ao Covid-19. Porém, também temos a convicção de que o prefeito está agindo de maneira ponderada – como grande administrador que é – ao liberar os canteiros de obras porque o setor não pode ficar parado por muitos dias”, avalia o presidente da Acomasul, Adão Castilho.
Segundo Castilho, que também é vice-presidente da Federação Nacional dos Pequenos Construtores (FENAPC), as pequenas obras empregam na capital cerca de cinco mil pessoas de forma direta. “Desde a última segunda-feira, (23), a maioria está em férias coletiva, mas se a quarentena nos canteiros de obras permanecesse por muito tempo, com certeza haveria demissão porque o pequeno empresário já vem sofrendo com a crise econômica que deixou o PIB negativo por cinco anos na construção civil”, explica Castilho.
Os pequenos empresários da construção civil são responsáveis por 42% dos imóveis financiados pelo Minha Casa Minha Vida, e movimentam toda uma cadeia local na economia, por exemplo, lojas de material de construção, e profissionais liberais como arquitetos, engenheiros e corretores de imóveis.
O presidente da Acomasul afirma que esta semana de paralisação serviu para uma reflexão intensa sobre o valor da vida e também para rever hábitos de higiene. “Nós pequenos empresários vamos fornecer todos os mecanismos necessários de precaução ao coronavírus, e sabemos que o trabalhador vai levar para os canteiros de obras hábitos que ele adquiriu em casa, fazendo com que estejamos mais protegidos contra essa pandemia”, finaliza Castilho.