Regiões do Segredo e Bandeira são as que mais recebem licenças para construção da Prefeitura Municipal
Foto: de arquivo, Midiamax
Durante a última década, Campo Grande teve um aumento de 40,51% no número de inscrições residenciais e, em crescimento, há regiões da Capital que estão sendo as preferidas dos construtores. Conforme o setor, o valor do metro quadrado construído tem variado de R$ 2 mil a R$ 4,5 mil, a depender da região em que imóvel sairá da planta.
As regiões que mais tem crescido no setor da construção em Campo Grande são a região do Segredo – onde estão os bairros Coronel Antonino, Anache, Monte Castelo, José Abrão, Nasser, Nova Lima e Seminário, por exemplo – e Bandeira, onde estão bairros como Maria Aparecida Pedrossian, Tiradentes, São Lourenço, Jardim Paulista, Rita Vieira, Universitário, Moreninha.
Conforme a Semadur (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Regularização), os bairros localizados nessas regiões são os que mais contemplam emissões de novos Alvarás e Habite-se.
De janeiro a julho de 2021, foram emitidos 249 licenças para os bairros do Segredo e 298 para a região da Bandeira. Já neste ano, no mesmo período, foram 232 e 275 novas autorizações respectivamente para essas regiões.
Bairros em ascensão
Revelados quais regiões são as mais regularizadas para obras, chegou a vez de saber quais bairros são os mais ‘queridos’ atualmente dos construtores. Conforme o presidente da Acomasul (Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul), Diego Canzi Dalastra, os locais das construções variam conforme a classe e o padrão do projeto.
Por exemplo, as moradias das casas populares do Casa Verde e Amarela do Governo Federal estão em obras ‘a todo vapor’ no bairros Nova Lima, Colúmbia, Vila Nasser e Aero Rancho. Já as casas de padrão médio, os bairros onde as construções têm sido maiores são no Tijuca e região do Santo Antônio.
Já aquelas residências de alto padrão, estão bairros com Carandá Bosque, Chácara Cachoeira, Cidade Jardim, Chácara dos Poderes, Estrela Dalva, Jardim Veraneio e Autonomista.
“O valor da construção está em torno de R$ 2 mil o m² padrão médio, R$ 3 mil as de padrão alto, e tem as construções em condomínios, que chegam à R$ 4.500”, diz.
‘Boom’ residencial
Conforme os dados da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), entre 2012 e 2021, foram 97.199 novas inscrições imobiliárias na Capital. Confira a evolução:
ANO | Inscrições imobiliárias |
2012 | 239.580 |
2013 | 247.816 |
2014 | 263.146 |
2015 | 296.167 |
2016 | 301.505 |
2017 | 319.256 |
2018 | 322.386 |
2019 | 326.635 |
2020 | 330.740 |
2021 | 336.779 |
Fonte: Semadur
O levantamento divulgado pela secretaria mostra que o maior salto de novas residências aconteceu entre os anos de 2016 e 2017, quando em apenas um ano, foram 17.751 novos imóveis em Campo Grande. Por outro lado, o ano de menor expansão foi entre 2020 e 2021, período de pandemia.
E para o ano de 2022, a perspectiva é que o alto índice de construção civil seja retomado. Isso porque, no início do ano, o setor foi um dos que mais empregaram no mês de janeiro em Mato Grosso do Sul, conforme os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados naquela ocasião.
A Fetracom-MS (Federação dos Trabalhadores na Construção Civil e do Mobiliário e Montagem Industrial), no primeiro mês deste ano, o saldo entre contratações e demissões foi de 499 vagas, ou seja, na geração de empregos o setor da construção civil ficou atrás apenas dos segmentos de Serviços (1.571 vagas), Agropecuária (1.111), e Indústria (818 vagas).
Fonte: Midiamax