SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL ESTÁ PREOCUPADO COM POSSIBILIDADE DE NOVA MODALIDADE DE SAQUE DO FGTS

Recentemente, o governo federal sinalizou a abertura de uma nova rodada de saque do FGTS. Nessa nova rodada, a equipe econômica quer autorizar saques no valor de até R$ 1 mil por trabalhador, o que pode beneficiar 40 milhões de cotistas, usando assim cerca de R$ 30 bilhões do FGTS.

As entidades representativas do setor da construção civil enviaram uma carta conjunta ao ministro da economia solicitando esclarecimentos sobre a questão. No documento, os empresários pedem que a medida não seja implementada, já que o FGTS não pode ser transformado em complemento de renda, gerando “falsa impressão” de recuperação da economia.

Na carta, representantes do setor da construção reclamam que não foram ouvidos pelo governo. Eles argumentam que nos últimos anos, os cotistas passaram a receber parte do lucro líquido anual auferido pelo FGTS. Citam também a modalidade de saque-aniversário, que entrou em vigência em 2020 e permite ao trabalhador sacar parte do saldo na data do aniversário. Além disso, é possível tomar empréstimo bancário e antecipar os valores que podem ser sacados no futuro, na data de aniversário do trabalhador – medida semelhante à antecipação do Imposto de Renda.

O setor destaca ainda que o FGTS é um instrumento de proteção ao trabalhador nas demissões sem justa causa, além de exercer papel social ao investir em políticas de geração de emprego. Para cada R$ 1 milhão aplicados em programa de habitação e saneamento, são gerados 18,3 empregos diretos e indiretos.

Com estes argumentos, a indústria da construção solicita que tal medida não seja implementada.

Assessoria de Comunicação da Acomasul

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